Queridos colegas, espero que estejam bem ao ler essa publicação!
Hoje quero falar desse lugar de sofrimento onde nos vemos colocados: marketing jurídico parece obrigatório e quem tem cliente é quem faz dancinha no TikTok.
Isso é o que pensamos num momento de angústia pela falta de prospecção de clientes, porém nem sempre é verdade.
Colei grau em 2020 como uma estagiária de um escritório pequeno que não poderia me contratar, sem parentes ou padrinhos de profissão e sem carisma pra me expor como advogada quando surgisse a oportunidade. Só mais uma jovem advogada nesse mar de bacharéis com a família na cola para estudar para concurso.
Não me restou opção que não me esconder atrás das telas para tentar dar, e assim receber: postava conteúdo jurídico de maneira muito, muito, muito (muito mesmo) didática para que meus amigos e colegas do perfil pessoal soubessem que eu tinha capacidade para representá-los.
Isso literalmente fez a minha carreira e tem me ajudado a concretizar autoridade perante o público que alcanço. Estou longe de ser uma expert mas com certeza foi algo que me levou a um nível maior do que se tivesse apenas contado com o boca a boca e boa vontade de quem me desse um voto de confiança.
Meus resultados, e de muitos que foram pelo mesmo caminho, levantaram o debate de “quem não está na rede parece que não existe” e “tiktokização da profissão”.
Venho para tranquilizá-los e questionar: será que é de fato ruim que mais pessoas tenham a oportunidade de se expor, quando os meios antigos de prospecção não desapareceram?
Um perfil no Instagram jamais terá a mesma força de um conhecido dizendo “pode confiar”. Também não terá o mesmo apelo de uma conversa cara a cara. Mas com certeza pode ser uma opção a mais para quem não conhece ninguém que conheça um advogado. O mercado e concorrência são assim em todos os segmentos.
Eu também não gosto de me expor, ficar horas pensando em conteúdo e pagar mensalmente um designer (hoje eu consigo, antes fazia tudo na munheca sozinha mesmo), mas é a opção mais viável pra mim: sou de uma cidade de quase 600 mil habitantes, atuo com Propriedade Intelectual, etc, enfim, o caso concreto de cada vida.
Fora que o cliente que contrata alguém por meio das redes sociais pode não ser o mesmo que está em um evento presencial da própria atividade comercial. São perfis diferentes, com demandas diferentes e por isso procurarão advogados diferentes.
Não fiquem angustiados por essa pressão, não deixem que isso more em suas mentes. As redes sociais podem seguir a mesma funcionalidade de um site: está lá só pra dizer que existe e mostrar suas instalações. Ponto. Ou não. Você escolhe.
Em resumo: Não existe receita de bolo. O seu caminho é só seu!
Essa é a minha filosofia atual , após 2 anos de formada e 1,5 postando conteúdo. O que vocês acham? Alguém aí já se forçou a postar conteúdo?